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Rio Grande do Sul se despede de Albino Manique
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Publicado em 25/04/2024

Para tristeza dos gaúchos, particularmente daqueles que admiram a música regional gaúcha, morreu  na manhã desta quinta-feira, 25 de abril, o músico e compositor Albino Manique, considerado como um dos melhores acordeonistas do Rio Grande do Sul e do Brasil.  Ele tinha 80 anos de idade.

Dotado de uma musicalidade muito forte e de uma invejável habilidade com a sua gaita, Albino Manique, desde cedo já se destacava por sua técnica muito peculiar e pela criação de arranjos complexos e muito bem elaborados.   Suas composições eram inspiradas na sua infância com influências musicais de seu pai que tocava gaita ponto nas festas populares da região dos campos de cima da serra.

Na adolescência, aos 12 anos de idade, formou, juntamente com seu amigo Francisco Castilhos, então com 14 anos, a Dupla Mirim, que animava festas e bailes na região serrana do estado.

Em 1969 lançou seu primeiro disco solo, intitulado Alma de Acordeon, cujo repertorio tem sucessos como Taquito Militar e Bugio da Serra.

Em 1970, Albino e Xico fundam o renomado conjunto Os Mirins. Ambos deixam de lado suas carreiras individuais para dedicarem-se ao grupo.

Albino volta a gravar um disco solo, apenas em 1978, com o álbum Baile de Candeeiro, no qual estavam registrados o sucessos Baile de Candeeiro e Madrugada. 

Discografia Solo de Albino Manique:

1969: Alma de Acordeon

1978: Baile de Candieiro (lançado com 3 capas diferentes)

1981: No Compasso da Acordeona

1983: A Gaita do Rio Grande

1984: Dançando Com Albino Manique

1985: Entrevero no Teclado

1986: O Gaiteiro

1989: Eu e a Acordeona (Reprodução do LP “Alma de Acordeon”, comemorando os 20 anos do disco  lançado originalmente em 1969)

1994: A Gaita de Albino Manique

1998: O Som de Albino Manique

 

Muito requisitado para atuar como acordeonista em discos de outros artistas, Albino Manique foi consolidando sua trajetória artística e passou a ser reconhecido e admirado por sua genialidade na composição de suas músicas e por sua técnica excepcional e apuradíssima.

A maioria absoluta dos gaiteiros e gaiteiras rio-grandenses o reverencia e o tem como a principal referência deste cenário musical, considerando-o como um mestre na arte de tocar acordeon.

Com o passar do tempo, Albino Manique tornou-se uma das figuras mais importantes e influentes na evolução musical do Estado, na segunda metade do século XX.  Seu legado é gigantesco e eterno. 

A morte de Albino Manique provoca uma lacuna irreparável no universo da música regional gaúcha e brasileira.

Albino Batista Manique nasceu em São Francisco de Paula, no Bairro do Rincão, no dia 12 de março de 1944.

Sentimentos aos seus familiares, amigos e fãs.

 

 

Com informações do blog do Jairo Reis.

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